quinta-feira, 29 de abril de 2010

Projeto Gutenberg


Atualmente, as leituras populares têm girado em torno de tudo que é inédito no mercado literário, sem levar em consideração o conteúdo da publicação. Ainda assim, alguns clássicos permanecem no ranking dos “queridinhos” do público, principalmente da classe tradicional que costuma selecionar a leitura pelos atributos da obra.

O Projeto Gutenberg vem ao encontro das necessidades desse público, disponibilizando digitalmente vários títulos (em inglês) que são de difícil acesso, por serem antigos e até mesmo raros.

Com essa oferta, nos deparamos com a possibilidade, intrigante e quase apetitosa, de compararmos os best-sellers de hoje aos consagrados clássicos da literatura.

Que tal um mergulho nas profundezas dos clássicos?

Quer saber quais são os 100 autores mais baixados no Projeto Gutenberg?

O Projeto também dispõe de livros em português. Veja os 100 livros mais baixados no Projeto Gutenberg em português.

Postado por Irla

quarta-feira, 28 de abril de 2010

RAINHA - Margaridas Dança


Minha tonteira, minha história
contundida, meu futebol.
Rebola meu bem-querer,
Vem nega sem eu ter que fazer
nada. Vem sem eu ter que me
mexer.
Em mim tu esqueces tarefas,
senzalas, favelas, nada mais vai
doer.
Sinto cheiro doce, meu
maculelê, vem nega, me ama,
me colore”.
Ò máxima lei, deixai de asneira
Não vai ser um branco mal resolvido
Que vai libertar uma negra.

[Mulata Exportação – Elisa Lucinda]

Fomos recepcionadas com o fragmento acima, e tantos outros trechos de poemas de escritoras negras brasileiras e estrangeiras, lidos pelas dançarinas Cleani Marques e Laura Virgínia, e também por espectadores escolhidos aleatoriamente no hall de entrada do Teatro Sesc Palmas.

O espetáculo intitulado “Rainha” nos proporciona uma reflexão sobre a condição da mulher negra na atualidade, e toda a carga histórica de seu passado. Aborda, ainda, diferentes olhares dessa realidade, tanto questões políticas e sociais, como também o lirismo encontrado em sua escrita.

Dentre os textos selecionados para compor o espetáculo e inspirar suas cenas encontramos material das escritoras brasileiras: Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo (Minas Gerais); Cristiane Sobral e Tatiana (Brasília); Elisa Lucinda (Espírito Santo); e Andréia Lisboa e Negra Li (São Paulo). Os poemas das artistas norte-americanas são de Toni Morrison (Ohio); Alice Walker (Geórgia); Audre Lord (New York) e Maya Angelou (Missouri). A trilha sonora reforça esse universo feminino negro utilizando as canções ‘Four women’ e ‘Images’ de Nina Simone; ‘Tarata’ interpretada por Clementina de Jesus; e ‘Ilu ayê’ na voz de Clara Nunes.

Dois espetáculos estão presentes na Temporada 2010: Margaridas Convida e Rainha, convidando para o mesmo palco artistas com pesquisas em diferentes linguagens da dança. “Memórias de uma viva”, de Alexandre Nas, “Boa noite”, de Soraia Silva, e “Perto do Coração Selvagem”, do próprio grupo. Margaridas Convida tem patrocínio do Fundo da Arte e da Cultura – FAC e Margaridas Dança foi contemplado com o Prêmio Klauss Vianna da FUNARTE, com o espetáculo “Rainha”.

O grupo de dança brasiliense Margaridas foi fundado em 2004, dando continuidade a investigação de Laura Virgínia que tinha como objetivo criar dança e literatura de forma híbrida.

Os espetáculos foram produzidos cronologicamente em:

2004 - “Plenas Mulheres” inspirado nos textos de: Clarice Lispector, Simone de Beauvoir e Virginia Woolf;
2005 - “Campo de Flores” inspirado nos poemas de Carlos Drummond de Andrade;
2006 - “Tu não te moves de ti” inspirado no romance-tese de Hilda Hilst;
2007 - “Rainha”;
2008 – “Samambaia” poemas de Elizabeth Bishop;
2009 - “Retina” – videodança.

Ao termino da apresentação tivemos o privilégio de participar de um bate-papo com as interpretes, uma delas, Laura Virgínia, também diretora, fez um breve exposição do processo de elaboração do roteiro. Explicou que "Após ler ‘O olho mais azul’ da estadunidense Toni Morrison (Prêmio Nobel de Literatura) fui picada pela curiosidade em saber sobre a identidade negra. Ao investigar junto com Cleani, descobrimos um campo vasto de criatividade e dor. Fizemos um recorte no qual se focalizaria os aspectos da mulher contemporânea negra”.

Quer ter uma noção de como foi “Rainha”? Seguem algumas imagens.




Fotos de Cícero Bezerra

Fragmento do repertório

Images

SHE DOES NOT KNOW
ela não sabe

HER BEAUTY,
sua beleza

SHE THINKS HER BROWN BODY
ela pensa que seu corpo moreno

HAS NO GLORY.
não é glorioso

IF SHE COULD DANCE
se ela pudesse dançar

NAKED,
nua

UNDER PALM TREES
debaixo das palmeiras

AND SEE HER IMAGE IN THE RIVER
e ver sua imagem no rio

SHE WOULD KNOW.
ela poderia saber

BUT THERE ARE NO PALM TREES
mas não há arvores de palmeiras

ON THE STREET,
nas ruas

AND DISHWATER GIVES BACK NO IMAGES.
e lavadora de pratos não devovem imagens

Letra da música - Nina Simone

Cenas de outros espetáculos


Arte Alexandre Nas - “Memórias de uma imagem viva”


Foto:Ricardo Padue / Soraia Silva – “Boa Noite”


Foto: Lana Guimarães / Margaridas Dança – “Perto do Coração Selvagem”

Postado por Irla

terça-feira, 27 de abril de 2010

Legião inspira

Há alguns anos, o Fantástico exibiu uma matéria que relatava a história de um fã que junto com o amigo deixou um bilhete para Renato Russo e logo recebeu como resposta uma carta com sugestões de leituras. A missiva começa com a seguinte frase do músico: Uma boa idéia rapazes é LER LIVROS. Aí vocês verão que nem sou tão original.

Gostaria de ter acesso à carta manuscrita pelo compositor?


Quer saber quais títulos foram listados?

Segue a lista:

“Zen e a Arte de Manutenção de Motocicletas”, Robert Pirsig
“A Montanha Mágica”, Thomas Maan
“Admirável Mundo Novo”, Aldous Huxley
“Estórias de Fada”, Oscar Wilde
“A Revolução dos Bichos”, George Orwell
“Capitães de Areia”, Jorge Amado
“Encontro Marcado”, Fernando Sabino
“O Apanhador no Campo de Centeio”, J.D. Salinger
“Discurso Sobre a Servidão Voluntária”, Etienne de la Boétie
“O Senhor dos Anéis”, JRR Tolkien
“Siddharta”, Herman Hesse
“Demian”, Herman Hesse
“Narciso e Goldmund”, Herman Hesse
“O Lobo da Estepe”, Herman Hesse
“Histórias Extraordinárias”, Edgar Allan Poe
“Fundação”, Isaac Asimov
“1984”, George Orwell

Outros autores:

- Júlio Verne
- Fernando Pessoa
- Carlos Drummond de Andrade
- Colin Wilson

Outros livros:

“O Vampiro Lestat”, Anne Rice
“Feliz Ano Velho”, Marcelo Rubens Paiva

“…e milhões de outros livros”



A inspiração que Renato promove vai além da sugestão de leituras. Como se não houvesse amanhã, livro publicado pela Record e organizado por Henrique Rodrigues, é a prova de que seu estimulo sobrepõe a passividade do leitor ou ouvinte, vindo a nortear o processo criativo de escritores numa coletânea de contos que se baseia nas canções escritas pelo músico.
São vinte histórias, cada uma escrita por um autor diferente. Os textos tratam de temas universais como amor, perda, revolta, indignação, morte.

Veja a lista de autores e as músicas escolhidas:

- Alexandre Plosk (RJ) – Que país é este
- Ana Elisa Ribeiro (MG) – Andrea Doria
- Carlos Fialho (RN) – Faroeste Caboclo
- Carlos Henrique Schroeder (SC) – Há tempos
- Daniela Santi (RS) – Será
- Henrique Rodrigues (RJ) – Acrilic on canvas
- João Anzanello Carrascoza (SP) – Pais e filhos
- Manoela Sawitzki (RS) – Giz
- Marcelo Moutinho (RJ) – Vento no litoral
- Mariel Reis (RJ) – Música de trabalho
- Maurício de Almeida (SP) – Sagrado coração
- Miguel Sanches Neto (PR) – Meninos e meninas
- Nereu Afonso da Silva (SP) – Ainda é cedo
- Ramon Mello (RJ) – Sereníssima
- Renata Belmonte (BA) – Por enquanto
- Rosana Caiado (RJ) – Eduardo e Mônica
- Sérgio Fantini (MG) – Música Urbana 2
- Susana Fuentes (RJ) – Quando o sol bater na janela do seu quarto
- Tatiana Salem Levy (RJ) – Tempo perdido
- Wesley Peres (GO) – Monte Castelo

Postado por Irla

sábado, 24 de abril de 2010

I Concurso de E-Contos


A Ficções Editora e a Gato Sabido, primeira E-bookstore brasileira, lançam o I CONCURSO DE E-CONTOS FICÇÕES EDITORA & GATO SABIDO, tema livre, com 1.400 toques, no máximo, ou 1.001 toques, no mínimo.

O melhor conto ganhará 1 COOL-ER, e-reader para leitura de livros digitais.

Os 40 melhores e-contos, reunidos, ganharão edição em E-book (sem qualquer ônus aos premiados), com selo da Ficções Editora e comercialização exclusiva pela Gato Sabido.

As inscrições, gratuitas, estarão abertas até 31/05/2010.

Mais informações clique aqui

Postado por Irla

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia Internacional e/ou Mundial do Livro


No dia 07 de outubro de 1926, celebrando a data do nascimento de Miguel de Cervantes, escritor espanhol, teve origem o Dia Internacional do Livro. O escritor e editor Vicent Clavel Andrés propôs este dia para a Câmara Oficial do Livro de Barcelona, sendo aprovada pelo Rei Alfonso XIII através do decreto real que instituiu a Festa do Livro Espanhol.

Já em 1930, a data foi trasladada para 23 de abril, dia do falecimento de Cervantes.
O dia tem grande representatividade no universo literário, afinal no ano de 1616 morreram, além de Cervantes, o também autor espanhol Garcilaso de la Vega e o autor inglês William Shakespere. Outros anos, nesta data, nasceram e faleceram outros escritores importantes como Maurice Druon, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo.

Fundamentados pelo valor agregado a data, no decorrer dos anos, na XXVIII Conferência Geral da UNESCO, ocorrida entre 25 de outubro e 16 de novembro de 1995, foi instituido o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor (também chamado de Dia Mundial do Livro). O evento é comemorado todos os anos no dia 23 de abril por iniciativa da UNESCO.

Links afins:

Comemoração em 2008

Uma rosa por um livro

Imagem: Página a página

Postado por Irla

Hábitos de leitura da Pati


1. Se são livros de estudo, sobre política, biologia, ou algo do tipo, PRECISO escrever e sublinhar as coisas. caso seja emprestado, ou não queira riscar (sempre à lápis) sou capaz de comprar um caderno só pra fazer as anotações;

2. Muito dificilmente consigo ler mais de um livro ao mesmo tempo. Só se são muito diferentes, como um romance e um livro sobre política, por ex.

3. Vivo marcando palavras que não sei o significado pra ler depois, mas dificilmente vejo o dicionário na hora.

4. Não sou muito chegada em ler livros que ganho, por mais que eu desejasse lê-lo antes. não sei explicar, mas prefiro “achar” um livro, ou me interessar por ele...não gosto de me sentir “obrigada” a ler.

5. Se leio uma edição antiga, me recuso a comprar uma nova edição (por exemplo, emprestei de alguém uma antiga e gostei tanto que quis comprar). acho o cúmulo as modificações que fazem, simplificando palavras, cortando expressões. como, por exemplo, em “le petit prince”.

6. Aliás, adoro livros antigos, com páginas amarelas. mas também amo cheirinho de livro novo.

7. Sempre que vou à uma livraria boa, gosto de sentar no chão (ou sofá) e ficar lendo vários livros infantis. inclusive acho um absurdo livrarias que não disponibilizam livros abertos, querem nos afastar dos livros, nos incitando a comprar, comprar! quando gosto de um livro, por mais que saiba de cor (infantis), sempre compro.

8. Sempre gostei muito de ler para as pessoas. contos e livros infantis então...lembro que na faculdade sempre lia pra um amigo e meu ex namorado!

9. Compro livros que li e amei, só pra poder emprestar.

10. Eu simplesmente visualizo tudo (personagens, locais) quando leio...acho que todo mundo, né? por isso é complicado ver filmes baseados em livros. é uma decepção só!

11. Sempre juro que vou usar o marca páginas, mas acabo marcando com um lápis, folha, óculos...

12. Prefiro ler em silêncio.

13. Muitas vezes leio e releio a mesma passagem.

14. Releio quase todos os livros. os que gosto, claro.

15. Quando um livro tem imagens, sempre prometo resistir, mas não consigo e olho antes do tempo! hahaha

16. Nos finais de contos mais “tensos” – tipo lygia fagundes, ou mesmo romances, é INCRÍVEL! eu sempre quero ler antes! não resisto! então, pra não acabar com a graça, tampo as últimas linhas (com a mão, ou marca páginas), e vou descendo linha por linha, acreditam? hahahah

17. É engraçado por que fico tão tensa que às vezes preciso reler os últimos parágrafos várias vezes, pois a ansiedade me faz lê-los “de passagem”, pra chegar logo no final. cômico.

18. Sempre levo os livros nas viagens, mas quase nunca leio. é uma pena porque eles ficam amassados...

19. Gosto de ler antes de dormir, mas não só antes de dormir.

20. Que eu me lembre, é isso!

Imagem: Renoir

Hábitos de leitura da Anna


1. Hoje, já que tenho menos tempo para ler, eu leio mais pedaços de livros do que antes, quando eu lia livros inteiros em uma sentada

2. Emprestar livros me deixa feliz, mas gostaria muito que me devolvessem, o que não é muito comum.

3. Se não me devolvem compro outro exemplar, pois gosto de guardar livros que me apaixonei, mas a vontade de difundir o seu conhecimento me faz emprestá-los de novo.

4. Sempre acho que vou reler os livros que eu gostei. Agora depois de umas décadas, essa idéia começou a deixar de ser apenas hipotética.

5. Já comprei muitos livros que não li (ainda), mas isso não me impede de comprar outros que sei que vou amar.

6. Leio aquele resumos da contra-capa e resenhas, e todas as críticas que chegam as minhas mãos.

7. Raramente leio jornais. Atualmente minha atualização é via revistas que me interessam. Sou assinante das que trazem noticias semanais, ciências e compro sobre literatura, filosofia e história .

8. Quando entro em uma livraria, costumo ficar muito tempo lá, mesmo que em pé, com olhares tortos dos atendentes que pensam que não vou comprar nada, mas que depois descobrem que estavam enganados.

9. Não uso marcadores de páginas, meus livros costumam ter dobras nas orelhas.

10. Às vezes, quando estou distraída ou com sono, percebo que passei os olhos por uma página inteira sem ter guardado nadinha do que li.

11. Eu organizo meus livros por ordem decrescente de assuntos do meu interesse.

12. Não leio pra dormir, pois se eu começar a ler e me interessar aí é que eu não durmo mais.

13. Acho que minha aposentadoria será feita para eu ler todos os livros que eu ainda não consegui ler.

14. Para mim o maior pesadelo é a cegueira, pois me impediria de ler meus livros.

15. Não gosto muito de livros infantis, mas gosto de histórias em quadrinhos que me fazem rir.

16. Erros de português e clichês literários me incomodam. Se um autor começa escrevendo mal, nunca vi ele melhorar dentro de um mesmo livro, que paro de ler, porém posso dar-lhe uma segunda chance se ele escreveu outros que foram muito vendidos ou badalados, mas como a maioria é meio medíocre acabo por confiar mais no meu próprio gosto.

17. Não gosto de ler ouvindo musica pois acho que cada uma dessas artes merece ser apreciada com toda a minha atenção;

18. Acredito quase sempre nas indicações dos meus amigos, pois já que são meus amigos devemos ter alguma coisa em comum, e nunca me enganei quanto a isso.

19. Não gosto de ganhar livros de pessoas que mal me conhecem pois quase sempre elas erram sobre o que eu gostaria de ler.

20. Nunca leio em voz alta para mim mesma, mas sempre rio alto ou choro quando leio, mesmo em público, só depois é que eu reparo que dei vexame.

21. Gosto muito de livros com viés psicológico sobre o comportamento humano, ainda mais quando tem um estilo bem humorado.

Imagem: Renoir

Hábitos de leitura da Lori


1. Livros são sonhos. Confundo demais tudo o que leio com minha vida real e com meus sonhos.

2. Nunca, nunca leio nada do que me indicam. Só leio o que quero. Talvez depois que de ler os livros primordiais escute algum conselho... (risadas)

3. Não leio nada que foi recentemente publicado, a não ser os que já são clássicos (como Saramago).

4. Choro muito ao ler. Me emociono demais.

5. Não gosto de nada que está na moda. Para mim, a palavra “moda” estraga qualquer coisa (até os livros). O conceito moda desconsidera o meu conceito preferido: autonomia.

6. Adoro livros antigos. Quanto mais manuseados melhor.

7. Leio muita filosofia e teorias densas (políticas, sociológicas). Quanto mais difícil, melhor.

8. Adoro curtir os pensamentos que os livros trazem, ensinam. Como vocês já notaram, viajo com as idéias geniais!

9. Não rabisco, marco/destaco livros. Jamais. Aprendi com um professor maravilhoso e explico: como os livros não devem ficar parados, devem ser emprestados, não podemos influenciar a leitura das outras pessoas, nem mesmo a nossa própria. A importância de um pensamento é “variável”. Muitas vezes nos limitamos a um trecho, quando, em outro momento, a leitura de outro trecho seria muito mais interessante para nós. O desafio de viver bem um texto está na capacidade de refletir (e compreender) tão profundamente o pensamento nele contido que a marcação é irrelevante.

10. Quando preciso estudar marcando, anotando, faço isso em outro lugar.

11. Paro tudo e conto minhas viagens pra quem estiver mais perto. Também posso pular se não der pra contar...

12. Não leio nada que conte algo sobre o livro. Adoro surpresas (sou assim com filmes também).

13. Cada livro deixa em mim uma marca, no geral, uma imagem. Nunca me lembro dos títulos, só dessas imagens, então, é muito difícil conversar sobre os livros que já li.

14. Só presenteio um livro quando existe uma relação especial com a pessoa. Presenteio meus livros preferidos. Quando faço isso, posso destacar um trecho...

15. São poucas as pessoas com quem consigo compartilhar minhas leituras, mas não gosto muito de falar sobre livros, gosto das idéias e sonhos que decorrem dos livros. Talvez por isso seja tão difícil.

Imagem: Renoir

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Hábitos de leitura da Isabella


1. Não sou apaixonada apenas pelos livros em si (que, até fisicamente, á nos inspiram um ar de “Decifra-me ou te devoro”), mas por histórias/estórias, de um modo geral. Não saberia viver sem elas;

2. Os livros têm um fascínio único. Às vezes, olho para minha estante antes de dormir e imagino se não é mesmo um perigo deixar tantas vidas untas na solidão da noite...rs;

3. Posso ler em qualquer lugar, em qualquer horário. Quase nada me incomoda quando estou lendo;

4. Tenho mania de ler dentro de automóveis em movimento, o que sempre ocasiona um discurso, de alguma parte, sobre deslocamento de retina e coisas do gênero... que incomoda mais do que o movimento do carro...

5. Sempre levo para viagens dois ou três livros;

6. Ando sempre com um livro, para garantir que, na eventualidade de ter de esperar ou de ficar a toa, ter uma boa companhia;

7. Leio vários livros ao mesmo tempo;

8. Faço coleção de marca-páginas (que são uma das coisas mais singelas do mundo...), o que é mágico, porque vários amigos costumam me presentear com eles, onde escrevem algo pra mim, tornando os itens ainda mais especiais;

9. Gosto de deixar bilhetes, cartas, cartões dentro de livros, para ser surpreendida por eles em outras ocasiões (o que sempre é uma surpresa reconfortante...);

10. Quando estudo um livro, de fato, faço anotações e marcações ou, no mínimo, sublinho alguns trechos, que sempre me são muito úteis para relembrar o assunto;

11. Quando leio um livro emprestado e encontro trechos destacados, sinto como se o leitor que os fez tivesse deixado um recado para mim;

12. Adoro ganhar livros (é, sobretudo, aconchegante!), especialmente pela dedicatória (que é o principal);

13. Gosto de presentear com livros, mas é sempre uma aventura a tentativa de acertar;

14. Meu avô e eu sempre recomendamos e trocamos livros um com o outro. Não conheço alguém que tenha tamanho interesse e amor pelos livros como ele... (e que tenha lido tantos!)

15. Guardo com muito carinho os livros que ganho;

16. Guardo com ainda mais carinho os livros clássicos que ganhei de minha mãe (como “Pollyana”, “O pequeno príncipe”, “O lobo da estepe”, entre outros). Eles são minha verdadeira herança no mundo físico...

17. Adoro livro velho, sobretudo os de biblioteca...

18. Adoro livro novo... rs. Às vezes, fico um bom tempo só olhando para um livro;

19. Gosto muito da ideia dos e-book (que também têm lá sua magia, principalmente pelo ideal a que se destinam...), mas acredito que amais substituirão os livros impressos;

20. Nunca leio o prefácio antes de ter lido todo o livro;

21. Sempre dou uma olhada na última frase do livro...rs;

22. Costumava ler durante algumas aulas na faculdade;

23. Ler escutando pingos de chuva é sinônimo de paz;

24. Quando leio algo lindo, tenho vontade de compartilhar com todo mundo...

25. á li certos livros que me deixaram o dia todo só pensando neles, e quase que vivenciando um pouco de suas histórias (o que causou embaraço para as atividades diárias...);

26. Quando não gosto de um livro, abandono sem culpa... (não há tempo a “perder”). Por exemplo, abandonei todos do osé de Alencar...rs.

27. Não leio um livro duas vezes (salvo raríssimas exceções). Apesar de saber que é impossível ler um livro duas vezes (ele não é mais o mesmo, tampouco nós...rs), acabo sempre dando preferência para algum que eu não tenha lido... (pelas contas que fiz, tenho que me apressar, se quiser mesmo ler tudo o que pretendo...);

28. Muitas vezes, meço minha felicidade pelo livro que estou lendo no momento;

29. Amo títulos, principalmente os menos óbvios, cuo sentido só pode ser lido nas entrelinhas;

30. Tenho alguns trechos de livro decorados, principalmente de livros que li na adolescência.

Imagem: Renoir

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Hábitos de leitura da Irla



1. Se eu não gosto do livro nos primeiros capítulos, deixo-o de lado sem culpa;

2. Não me importo em emprestar livros, mas gosto quando me devolvem;

3. Leio vários livros ao mesmo tempo e, alguns, esqueço de continuar;

4. Gosto de ler enquanto tomo o café (café com leite, pão e afins), pela manhã e à tarde;

5. Consigo ler em lugares barulhentos;

6. Leio com prazer infantil livros infantis; Gosto ainda mais de fazer a voz dos personagens!

7. Costumo esquecer de marcar a página em que parei e, às vezes, percebo que estou lendo trechos que já li e, pior, percebo que não tinha lido direito;

8. Às vezes, quando estou distraída ou com sono, percebo que passei os olhos por uma página inteira sem ter entendido bulhufas;

9. Os únicos defeitos físicos que me desagradam em um livro são: 1) quando ele fica sob o sol e entorta; 2) quando faltam páginas;

10. Leio o resumo da contra capa dos livros antes de lê-los e/ou antes de comprá-los;

11. Ainda vou ter uma livraria modelo, com sofás, atendentes que conhecem os livros e vários tipos de café;

12. Gosto muito de marcadores de páginas, meus livros costumam ter 3 ou 4 no meio;

13. Sublinho meus livros e faço anotações sem dó, mas com muito cuidado (mesmo os mais caros , pois para mim não existe livro intocável), considero isso como algo que os torna efetivamente meus;

14. Eu não me obrigo a ler, leio quando quero, o que quero e do jeito que quero (às vezes, até debaixo do chuveiro ... risos);

15. Gosto de deixar, entre as páginas dos meus livros antigos, alguma coisa perdida pra achar depois de muitos anos (pode ser uma foto, um bilhete para mim mesma, um ingresso de cinema, qualquer coisa que possa me emocionar sem que eu me lembre...);

16. Se me vicio num escritor, quero comprar tudo dele pra me apaixonar inteira, pois não quero perder nenhum instante dele;

17. Meus livros, serão minha única herança, para os que depois de mim virão. Para tanto estou tentando guardar os livros com mais cuidado, para uso de meus filhos;

18. Tenho a mania de ler TODO O LIVRO, o que inclui as orelhas, e todas as informações das páginas iniciais (tipo aquela fichinha de catalogação-na-fonte);

19. Quando um livro me encanta, gosto de ler e reler e reler passagens dele, à procura de detalhes perdidos ou simplesmente para relembrar um trecho de que gostei muito;

20. Não costumo doar livros. Tenho a mania de colecioná-los;

21. Gostaria de ter muito mais tempo para ler;

22. Gosto quando me pedem indicações de livros, e acredito que livros devem circular;

23. Falo de livros com os amigos: são as melhores (e piores) fontes de recomendação para suas próximas leituras;

24. Costumo rir (alto) ou chorar enquanto estou lendo (sempre acabo fazendo isso em lugares públicos, e acho que as pessoas me consideram doida);

25. Quando leio uma passagem que me faz pensar, leio e releio várias vezes;

Imagem: Renoir

Hábitos de leitura da Gabi


1. Inicio vários livros e termino de ler 10% deles. (ou menos...)

2. Não consigo ler mais de 5 folhas por “sentada”.

3. Gosto de livros rabiscados, sublinhados, anotados. Me dá a impressão de diálogo com o leitor anterior, que me trás pensamentos que eu não tive.

4. Não gosto de emprestar nada, o que inclui livros. Quando me pedem qualquer coisa emprestada, eu dou, o que inclui livros.

5. Não guardo nada. Odeio ver livros que já li há anos empilhados. Sei que não vou ter tempo e nem paciência para reler. Por isso, não penso duas vezes quando me pedem.

6. Também não gosto de pegar nada emprestado, porque sempre me esqueço de devolver. Não me importo em ser cobrada a devolução, mas não raro, tenho que comprar outro porque meu desapego acontece até com coisas dos outros (ai que vergonha!)

7. Assuntos que me interessam não são necessariamente os que me deixam empolgada.

8. Não enxergo defeitos físicos em livros.

9. Adoro livros virtuais.

10. Não tenho “tipo preferido”, nem tampouco preconceito contra “tipos” (best-sellers, moda, clássicos, biografias, blábláblá...). Se o assunto me interessar ou deixar curiosa, ótimo, eu leio.

11. Costumo carregar um ou dois livros na bolsa, para o caso de não ter o que fazer.

12. Lia durante as aulas. Leio entre serviços a fazer no trabalho.

13. Leio tudo que é pequeno e limitado: resumo da contra-capa, críticas da capa, etc.

14. Sempre vejo no dicionário palavras que não conheço; o que não quer dizer que eu grave seu significado;

15. Adoro poder comentar sobre o livro q estou lendo!

Imagem: Renoir

Hábitos de Leitura


O que vem a ser um hábito? O Dicionário Aurélio faz as seguintes definições do termo:

Hábito: 1.Disposição duradoura adquirida pela repetição freqüente de um ato, uso, costume; 2.Maneira usual de ser; 3. Certo costume, prática.

Conceituada a palavra, não conseguimos identificar como e quando nossos hábitos são criados.

Desde os primeiros anos de nossas vida, somos educados para seguir padrões, de forma a pertencer há um determinado contexto social e, como tal, somos fortemente influenciados pelo meio externo, seja por nosso pais, familiares, professores, ou ainda, pela sociedade e pela cultura vigente.

Apresentam-nos a literatura no período de gestão, no qual alguns pais e mães se prontificam a ler histórias a seus bêbes. Após o nascimento, uma prática muito comum é, a leitura de contos de fadas antes de dormir.

No decorrer dos anos, acostumamo-nos a encontrar nossos pais lendo livros de receita, jornais, revistas, o que nos desperta o interesse pelo ato de decodificar os signos impressos no papel.

Aos poucos, nossos sentidos vão sendo treinados, e as emoções reconhecidas através da leitura. Constituimos gostos por determinados assuntos, estilos e narrativas.
Construimos, em nossa personalidade, práticas usuais ao lidarmos com os textos e livros. Estão formados, assim, nossos habitos de leitura.

Sugestionadas pelo site Lendo.org elaboramos uma lista com nossos hábitos de leitoras.

Fonte da Imagem: La lectora en la ciudad

terça-feira, 20 de abril de 2010

Feliz Aniversário Anna!

Nossa homenagem ao dia de hoje, que marca o nascimento de nossa amiga e companheira, Anna!



Desejo

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.

Desejo, pois, que não seja assim
Mas se for, saiba ser sem se desesperar
Desejo também que tenha amigos
Que mesmo maus e inconseqüentes
Sejam corajosos e fiéis
E que pelo menos em um deles
Você possa confiar sem duvidar

E porque a vida é assim
Desejo ainda que você tenha inimigos
Nem muitos, nem poucos
Mas na medida exata para que
Algumas vezes você se interpele
A respeito de suas próprias certezas.
E que entre eles
Haja pelo menos um que seja justo

Desejo depois, que você seja útil
Mas não insubstituível
E que nos maus momentos
Quando não restar mais nada
Essa utilidade seja suficiente
Para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante
Não com os que erram pouco
Porque isso é fácil
Mas com os que erram muito e irremediavelmente
E que fazendo bom uso dessa tolerância
Você sirva de exemplo aos outros

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais
E que sendo maduro
Não insista em rejuvenescer
E que sendo velho
Não se dedique ao desespero
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor

Desejo, por sinal, que você seja triste
Não o ano todo, mas apenas um dia
Mas que nesse dia
Descubra que o riso diário é bom
O riso habitual é insosso
E o riso constante é insano.

Desejo que você descubra
Com o máximo de urgência
Acima e a respeito de tudo
Que existem oprimidos, injustiçados e infelizes
E que estão bem à sua volta
Desejo ainda
Que você afague um gato, alimente um cuco
E ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque assim, você se sentirá bem por nada

Desejo também
Que você plante uma semente, por menor que seja
E acompanhe o seu crescimento
Para que você saiba
De quantas muitas vidas é feita uma árvore

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro
Porque é preciso ser prático
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele na sua frente e diga:
"Isso é meu"
Só para que fique bem claro
Quem é o dono de quem

Desejo também
Que nenhum de seus afetos morra
Por eles e por você
Mas que se morrer
Você possa chorar sem se lamentar
E sofrer sem se culpar

Desejo por fim
Que você sendo homem, tenha uma boa mulher
E que sendo mulher, tenha um bom homem
Que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes
E quando estiverem exaustos e sorridentes
Ainda haja amor pra recomeçar

E se tudo isso acontecer
Não tenho mais nada a lhe desejar

Victor Hugo

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Nós formamos o Clube 6

ANNA



A inda tentando domar os instintos
N as entranhas arraigados
N os arquivos das passadas vidas
A nsiando a libertação.

Minha personalidade é compatível com o filme



"Imensidão Azul", de Luc Besson.
Você é sonhador (a), único (a). Muito sublime e encantador(a).

Posso ser tantos livros



"A paixão segundo GH", de Clarice Lispector.

Você é daqueles sujeitos profundos. Não que se acham profundos – profundos mesmo. Devido às maquinações constantes da sua cabecinha, ao longo do tempo você acumulou milhões de questionamentos. Hoje, em segundos, você é capaz de reconsiderar toda a sua existência. A visão de um objeto ou uma fala inocente de alguém às vezes desencadeiam viagens dilacerantes aos cantos mais obscuros de sua alma. Em geral, essa tendência introspectiva não faz de você uma pessoa fácil de se conviver. Aliás, você desperta até medo em algumas pessoas. Outras simplesmente não o conseguem entender.
Assim é também "A paixão segundo GH", obra-prima de Clarice Lispector amada-idolatrada por leitores intelectuais e existencialistas, mas, sejamos sinceros, que assusta a maioria. Essa possível repulsa, porém, nunca anulará um milésimo de sua força literária. O mesmo vale para você: agrada a poucos, mas tem uma força única.



"Antologia poética", de Carlos Drummond de Andrade.

"O primeiro amor passou / O segundo amor passou / O terceiro amor passou / Mas o coração continua". Estes versos tocam você, pois você também observa a vida poeticamente. E não são só os sentimentos que te inspiram. Pequenas experiências do cotidiano – aquela moça que passa correndo com o buquê de flores, o vizinho que cantarola ao buscar o jornal na porta – emocionam você. Seu olhar é doce, mas também perspicaz.
"Antologia poética" (1962), de Drummond, um dos nossos grandes poetas, também reúne essas qualidades. Seus poemas são singelos e sagazes ao mesmo tempo, provando que não é preciso ser duro para entender as sutilezas do cotidiano.



"Doidas e santas", de Martha Medeiros.

Moderninha e solteira, ou radiante de véu e grinalda? Eis a questão da jovem (ou nem tão jovem) mulher profissional, cosmopolita e, apesar de tudo, muito romântica. Eis a sua questão! Confesse: quantas horas semanais você gasta conversando sobre encontros e desencontros sentimentais com as suas amigas? Aliás, conversando não. Analisando, destrinchando... Mas isso não quer dizer que você só questione a existência de príncipe encantado, não. A vida adulta hoje não está fácil para ninguém, como bem mostram as 100 crônicas de "Doidas e Santas" (2008), que retratam os sabores e dissabores da vida sentimental e prática nas grandes cidades.

Nós formamos o Clube 5

LORI



L utando arduamente contra
O s meus limites
R ompendo manhãs, tardes, noites, em busca do
I ndizível.

Sou o filme



"Imensidão Azul", de Luc Besson.
Você é sonhador, único. Muito sublime e encantador(a).

Meu livro é



"Morte e vida severina", de João Cabral de Melo Neto.

Às vezes você tem uma séria vontade de estapear as pessoas, só para fazê-las acordarem e perceberem as injustiças deste mundo. Como podem viver em seus mundinhos banais, quando há quem passe fome e totalmente à margem de qualquer conforto ou assistência? Esta talvez seja a sua maior revolta. Por isso, você tenta fazer a sua parte. Talvez por meio de um trabalho voluntário, participando de movimentos populares ou somente se exaltando em rodas de amigos menos engajados. De qualquer maneira, você consegue de fato comover pessoas com seu discurso apaixonado e, ao mesmo tempo, baseado numa lógica de compaixão e igualdade que ninguém pode negar.
Essa missão é mais do que cumprida pelo belo "Morte e vida severina" (1966), poema dramático escrito pelo pernambucano Melo Neto que se tornou símbolo para uma geração em conflito com as consequências sociais geradas pelo capitalismo selvagem.

Nós formamos o Clube 4

PATI



P erdoem a falta de tato,
A indiscrição, a alegria ou tristeza em demasia. É apenas uma
T entativa de evoluir, em meus erros e acertos, rumo ao
I nfinito...

Meu filme é



"Imensidão Azul", de Luc Besson.
Você é sonhador (a), único (a). Muito sublime e encantador(a).

O livro que me identifica é



"Morte e vida severina", de João Cabral de Melo Neto.

Às vezes você tem uma séria vontade de estapear as pessoas, só para fazê-las acordarem e perceberem as injustiças deste mundo. Como podem viver em seus mundinhos banais, quando há quem passe fome e totalmente à margem de qualquer conforto ou assistência? Esta talvez seja a sua maior revolta. Por isso, você tenta fazer a sua parte. Talvez por meio de um trabalho voluntário, participando de movimentos populares ou somente se exaltando em rodas de amigos menos engajados. De qualquer maneira, você consegue de fato comover pessoas com seu discurso apaixonado e, ao mesmo tempo, baseado numa lógica de compaixão e igualdade que ninguém pode negar.
Essa missão é mais do que cumprida pelo belo "Morte e vida severina" (1966), poema dramático escrito pelo pernambucano Melo Neto que se tornou símbolo para uma geração em conflito com as consequências sociais geradas pelo capitalismo selvagem.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Nós formamos o Clube 3

ISABELLA



Ilhas de sonho que apenas alguns barcos avistam,
Saudade constante, e maior que a imensidão da aurora,
Azul refletido até na sombra da alma...
Beleza sempre encoberta, a qual se persegue até mesmo no
Encontro sublime, que a escuridão não atinge...
Lugares perdidos que incutem na mente o ideal de regresso, pelo qual
Luto a cada instante e, ainda mais, aqui dentro, onde jaz na
Alma o anseio, o lamento... A eterna busca.

Dizem que sou o filme


"O Fabuloso Destino de Amelie Poulain" de Jean Pierre Jeunet.
Você é engraçado(a), original. Uma pessoa leve e maravilhosa de se conviver.

Me descrevem como o livro


Morte e vida severina", de João Cabral de Melo Neto

Às vezes você tem uma séria vontade de estapear as pessoas, só para fazê-las acordarem e perceberem as injustiças deste mundo. Como podem viver em seus mundinhos banais, quando há quem passe fome e totalmente à margem de qualquer conforto ou assistência? Esta talvez seja a sua maior revolta. Por isso, você tenta fazer a sua parte. Talvez por meio de um trabalho voluntário, participando de movimentos populares ou somente se exaltando em rodas de amigos menos engajados. De qualquer maneira, você consegue de fato comover pessoas com seu discurso apaixonado e, ao mesmo tempo, baseado numa lógica de compaixão e igualdade que ninguém pode negar.
Essa missão é mais do que cumprida pelo belo "Morte e vida severina" (1966), poema dramático escrito pelo pernambucano Melo Neto que se tornou símbolo para uma geração em conflito com as consequências sociais geradas pelo capitalismo selvagem.

Nós formamos o Clube 2

IRLA



Impulsiva é meu sobrenome, não vivo nada pela metade.
Represento os extremos da alma humana, de um
lado a calma do outro a
agitação.

Haurir profundamente tudo o que a vida
oferece
numa voracidade de quem tudo deseja.
Olhos atentos de criatura curiosa
revirando o mundo, o meu mundo!
Amiga, leal e companheira, que a todo custo busca
transcender a pequenez de suas imperfeições de
ontem.

Como filme me denominariam:



"O sétimo selo" de Ingmar Bergman.
Você é intelectual, interessado em ocultismo. E além de tudo é um mistério!!

Que livro eu sou?



"Carmen – Uma biografia", de Ruy Castro

Boa história é com você mesmo. Adora ouvir, contar, recontar. As de pessoas interessantes e revolucionárias são as suas preferidas. Tem gente que liga para você só para saber das últimas fofocas. E confesse: com seu jeitinho manso e detalhista, você dá aos fatos um sabor todo especial. Além disso, não se contenta em reproduzir o que já foi dito. Por isso, se fosse um livro, você só poderia ser uma boa biografia, daquelas que faz os leitores deitarem na rede do fim de semana e se entregarem às peripécias de uma grande personagem. Aliás, você já pensou na profissão de repórter? Ou de escritor?
"Carmen – Uma Biografia" (2005), sobre Carmen Miranda, é uma das aclamadas biografias publicadas por Ruy Castro, também jornalista e tradutor, considerado um dos maiores biógrafos brasileiros.

Nós formamos o Clube

FRÔ



Gosto de palavras
assim, sem nexo, sem causa nem
brasa.
rio sempre de mim, principalmente depois que a chuva passa.
inquiro-me sobre meus sentimentos,pensamentos...a verdadeira cor do céu,a
elegancia do ar que respiramos, a cor e o cheiro da
lua, da alma dos olhos, da
liberdade.
aaaaaai que delícia! Amo pra sempre!

Minha boca ri e meus
olhos falam
concomitantemente, sem
hesitação, como se nada
impedisse que dois
zumbidos ocupassem o mesmo lugar no espaço.
uivo só, de madrugada, e ele é ouvido até em Madagascar,Machu Pichu,
Kosovo, supermercado ou por ai... e por ai...
ihhhh... me perdi!

Os outros bocejam....
leio um livro e quando menos percebo,
inteiro-me no berço e lá dentro
vejo que meu mundo é sono.
entrego-me ao ensejo
impetro minha vontade e vejo que do sono, acordo fácil...
roço minha imagem e compreendo que do sonho, só
acordo se desejo.

Se fosse um filme, seria:



"Laranja Mecânica" de Stanley Kubrick.
Você é insano, estarrecedor. O clássico de uma geração.

Como livro teria os seguinte título:



"Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis

Ok, você não é exatamente uma pessoa fácil e otimista, mas muita gente te adora. É possível, aliás, que você marque a história de sua família, de seu bairro... Quem sabe até de sua cidade? Afinal, você consegue ser inteligente e perspicaz, mas nem por isso virar as costas para a popularidade - um talento raro. Claro que esse cinismo ácido que você teima em destilar afasta alguns, e os mais jovens nem sempre conseguem entendê-lo. Mas nada que seu carisma natural e dinamismo não compensem.
"Memórias póstumas de Brás Cubas" (1881) é considerado o divisor de águas entre os movimentos Romântico e Realista. Uma das expressões da genialidade de Machado de Assis (e de sua refinada ironia), há décadas tem sido leitura obrigatória na maior parte das escolas e costuma agradar aos alunos adolescentes. Já inspirou filme e peças de teatro. É, portanto, um caso de clássico capaz de conquistar leitores variados. Proezas de Machado.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Nossa história



Tudo começou quando assistimos ao filme O clube de leitura de Jane Austen e, encantadas, nos propomos a montar o nosso clube.

Assim, reunimos 6 (seis) amigas que tinham, em comum, o desejo de ler obras escritas por mulheres. O primeiro nome sugerido foi Clarice Lispector, com uma lista extensa de publicações, dando lugar ao impasse: quais, dentre tantos títulos, escolher?

De início, adotamos o critério do filme, 1 (um) livro sugerido por cada uma da participantes, de modo a abranger diferentes períodos literários da autora. Elaboramos, então, uma lista de 6 (seis) obras:

1 – Felicidade Clandestina
2 – Como Nasceram as Estrelas
3 – Perto do Coração Selvagem
4 – A Paixão Segundo G. H.
5 – Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres
6 – A hora da estrela

Contudo, já na primeira reunião, dia 21.04.2009, na casa da Gabi, iniciando o debate da obra “Felicidade Clandestina”, percebemos que a leitura desse livro, notadamente por se tratar de um livro composto de vinte e cinco contos, tomaria várias reuniões.

Dito e certo, já tendo se passado um total de 10 reuniões, os encontros em torno de nossa obra inicial se estendem até hoje.

Organização das reuniões

Os encontros acontecem 1 (uma) vez por mês, no último final de semana, nos quais as integrantes se dispõem a ler o livro e trazerem contribuições para o debate.

Os assuntos giram em torno dos trechos lidos e das relações que fazemos desses com nossas experiências pessoais, nosso dia-a-dia e as várias fases de nossas vidas.

Gostou? Que tal criar seu próprio Clube de Leitura?

Fonte da imagem - Biblioteca Estombar