sexta-feira, 30 de julho de 2010

Resultado do Alétheia - Antologia de Contos

Até que enfim o site Na Ponta do Lápis publicou o resultado dos selecionados para a coletânea de contos Alétheia.

Ao todo, foram 23 textos escolhidos. Todavia, muitas histórias de qualidade não puderam fazer parte da antologia por motivos editoriais.

Assim sendo, seguem abaixo os selecionado, em ordem alfabética:

Aleta Vieira
Aline T. K. Miguel
Andre Catarinacho
Bernardo Veiga
Bianca Briones
Bianca Carvalho
Bruna Maria
Darcicley Lopes
Georgette Silen
Isie Fernandes
Jana Lauxen
Leonardo Schabbach (participação como coordenador)
Luiz Fernando
Luiz Teodósio
Mariana Rafaela Rosa da Silva
Nilton Silveira
Pedro Garcia
Ricardo Falco
Rodrigo Matos
Silvinho R. S. Paradiso
Tarcísio Mello
Thiago Pereira Neves
Vicência Jaguaribe

Postado por Irla

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Homenagem às aniversariantes


(imagem: http://browse.deviantart.com)


RELACIONAMENTOS: TROCA OU BARGANHA? O MELHOR É COMPARTILHAR!
por El Morya Luz da Consciência - nucleo.elmorya@terra.com.br / nucleo.elmorya@gmail.com

"Só podemos falar francamente sobre nossos defeitos, para aqueles que reconhecem nossas qualidades".
(André Émile H. Maurois)


Relacionamento é troca! Pensei muito no que quer dizer troca. Dizem que uma relação é uma via de mão dupla, então, se, de um lado recebemos, do outro precisamos doar. Quando alguém exige a troca, o retorno, o que será que se passa em sua cabeça? Trocar é: eu te dou isso e você me devolve aquilo? Será que alguém pergunta se temos algo para dar à altura de quem está se doando? Isso, para mim, chama-se Barganha! Desvirtua muitos relacionamentos, que baseados no ego, cobram, e às vezes muito caro. Entendo a troca somente com muito equilíbrio. Se o valor estipulado por algo que recebemos for muito alto, podemos não concordar com o preço, ou mesmo, " não ter com que pagar". Nesse caso seria muito mais honesto se as pessoas dessem seu preço antes de barganhar o amor.


Costumo dizer a quem me pergunta o que achei do preço estipulado por algum serviço prestado: não acho nada "caro" ou "exorbitante", apenas tenho consciência que aquilo não é para mim, que não posso pagar. Agora, imagine-se dentro de um relacionamento onde o outro supervaloriza-se sem te perguntar se você pode pagar? Ou melhor, se você tem para pagar... Sempre um dos dois sairá perdendo, ou pior, devendo! Será que é isso mesmo que chamam de amar? De se relacionar? Isso vale para qualquer tipo de relacionamento, seja ele entre um homem e uma mulher, entre amigos, parentes, etc.


É impossível pensar que o amor, principalmente, o incondicional, como nosso Querido Mestre Jesus ensinou, seja apenas uma troca. Acredito sim, que ao nos relacionarmos " compartilhamos" . Só assim temos a liberdade de apenas SER. Eu dou aquilo que "tenho" para dar, e aceito o que o outro possui. Um compartilha daquilo que o outro tem, e fica com aquilo que lhe serve. Aquele que doa, precisa apenas estar atento se está emanando o que tem de melhor em si. Porém, nem sempre aprendemos a cultivar em nós, o que o outro espera, e, isso, causa muitas frustrações e discórdias.


Nesse momento, precisamos parar e olhar para dentro de nosso coração, e perguntar: será que é útil e importante para meu crescimento pessoal e espiritual desenvolver aquilo que estão me pedindo? Se assim for, não há nada errado em promover mudanças naquilo que está inadequado para viver melhor. Mas, se a mudança esperada pelo outro não fizer parte de você, de sua essência, e não te trará nenhuma contribuição, a não ser atender as expectativas externas, FIQUE COM VOCÊ! Nada é mais gratificante para um ser humano, que ser amado e respeitado do jeito que ele é: COM SUA LUZ E COM SUA SOMBRA!


Vera Godoy



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Recebemos recentemente esse textinho (de poucas linhas, mas de significado denso) de nossa querida companheira Irla, a quem particularmente chamo, devido a seus atributos almáticos (adoro essa palavra; by OTM), de Senhorita Linda.

Ainda não sei se o que lhe chamou a atenção nele foi a possibilidade de inseri-lo no âmbito fraternal ou amoroso (ou noutro ainda que só ela conhece...), mas de toda sorte, nos faz pensar e repensar sobre todas as nossas relações.

E....

Como estamos em plena comemoração pelos vários gloriosos anos de sobrevivência, vivência e (por que não) existência de nossas amadas Isabella e Irla, convido-os, todos, a repensarem sobre seus relacionamentos, a questionarem-se se estão barganhando, trocando ou compartilhando, com base naquilo que filosofarem e concluírem como melhor escolha!


Aproveito a oportunidade para homenagear não apenas as pequenas Bella e Linda, como também Anna, Lory e Pati, tão presentes e atuantes nessa nossa (minha) mudança interior, sempre linear embora passemos por nós (mesmas), milimetricamente colocados por Deus naquele exato trecho.


Parabens, Irla e Bella, pelas conquistas.... e...

parabens a nós, por sermos merecedoras dessas amigas que compartilham de suas vidas, aceitando como bastante, as nossas.

Beijos floridos, perfumados da mais formosa cor já criada por Deus.

Frô.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O ovo e a galinha por Claire Williams



A escolha de Claire Williams, especialista em literatura luso-brasileira da Universidade de Oxford, foi O ovo e a galinha, conto apresentando no I Congresso Mundial de Bruxaria, em Bogotá, Colômbia, em viagem realizada por Clarice Lispector com a amiga Olga Borelli. No dia de sua apresentação sente-se indisposta e pede a alguém que leia o conto, não apresentando a fala sobre a magia que havia preparado para a introdução da leitura.

CONTO: O ovo e a galinha
DO LIVRO: A LEGIÃO ESTRAGEIRA
APRESENTAÇÃO: Claire Williams

ESCORREGADIÇO, LÍQUIDO, VISCOSO ... Este conto se acomoda à forma da mente de quem o lê. O enredo é deliciosamente mínimo: “De manhã na cozinha sobre a mesa vejo o ovo [...] E me faz sorrir no meu mistério. “A mera vista desse ovo faz estalar na cabeça da narradora milhões de ovos-ideias e ovos-imagens que disparam em mil direções. É um puzzle de pedacinhos de casca de ovo. Tem múltiplas dimensões: terror, humor, romance, tragédia, ficção científica, geometria, filosofia, suspense, espionagem, história, gastronomia, anatomia, viagens no tempo e no espaço, genealogia, física, absurdeza, lógica, fórmulas matemáticas, comédia infantil ... tudo... e nada. É um conto em que cada leitor encontrará uma frase, pelo menos uma, que o toca, que o faz ponderar. É um conto em que se descobre algo novo em cada leitura, e em que se perde. Nunca o entendo, mas não e propriamente para entender. Se lê com os sentidos, mas não tem um sentido propriamente dito. A própria Clarice levou este conto para um Congresso de Bruxaria na Colômbia em 1975 para representar a obra dela e confessou aos congressistas: “É misterioso até para mim”. De um ponto de vista pessoal, o primeiro artigo de crítica literária que eu consegui publicar tratou deste conto e noções de maternidade e filiação. Marcou, assim, a eclosão da minha carreira. A palavra "galinha” aparece apenas 53 vezes e a palavra “ovo” 164 vezes, em quase todas as frases, cada “o” uma forma ovóide, dominando o texto. Não nos esclarece sobre a velha questão de quem chegou primeiro, mas acabamos sabendo, sem dúvida, quem desata mais atenção e inspiração.

Postado por Irla

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Um poema..

(Imagem: http://browse.deviantart.com)

Depois de tantas postagens interessantes e uteis na pratica da Srta. Linda,
nao pude deixar de replicar aqui um poema que descobri num blog. O poema, embora a primeira vista não pareça assim tão útil, é o que mais é:
[créditos: daqui pra frente, está tudo exatamente copiado do blog (http://tucazamagna.blogspot.com/2010/06/so-as-tartarugas-filosofam.html)]

Palestra..*

Don Camilo

.Os bichos pensam ou
.parecem pensar
.o que é a mesma coisa.
.As tartarugas
.entre tantos
,são as únicas capazes
.de filosofar.
.
.Caladíssimas
.tristes e incomunicávei
.as tartarugas são duras por fora
.e tenras por dentro
.como seus ancestrais
.os cocos.
.
.Diz a moderna genética
.em seu último avanço:
.Os cocos se atiram na areia
.depois de muita reflexão
.e lentamente se atartarugam.
.
Os humanos se arrastam
como as tartarugas
mas não filosofam
e são opostamente
tenros por fora
e duros por dentro.
.
."Os humanos não descendem
.dos cocos.
.São apenas uma aberração bípede.”
.Declara uma sábia tartaruga
.centenária.
..
¬¬ . ¬¬¬. ¬¬
..
.* .Extraído de Folha de Gelatina, Booklink Publicações, 2004.
.
Don Camilo é o pseudônimo literário do boêmio, músico, mestre em filosofia, professor de matemática e engenheiro mecânico Camilo Attie. Paulista a contragosto, morou muito anos no Café Lamas, o mais tradicional reduto boêmio do Rio de Janeiro. Atualmente, esconde-se pelas cercanias praianas de Florianópolis, conforme registram os sismógrafos, astrolábios e bafômetros.
Postado por Gabriella

O crime do professor de matemática por Carlos Mendes de Sousa

No período de férias demos uma pausa na sequência de publicações acerca do livro Clarice na Cabeceira, da Editora Rocco.

Pois bem, estamos de volta, e dando andamento a nossa proposta inicial, trazemos a exposição de
Carlos Mendes Sousa, professor de literatura brasileira na Universidade do Minho, um dos principais nomes da mais nova geração da crítica literária portuguesa, sobretudo no âmbito da
poesia contemporânea. É autor de um livro de referência sobre Eugênio de Andrade (1992), organizou, com Eunice Ribeiro, uma Antologia da Poesia Experimental Portuguesa (2005) publicou ensaios fundamentais sobre Cesário Verde, Jorge de Sousa Braga, Fiama Hasse Pais Brandão, Luís Miguel Nava ou Eduardo Lourenço, muitos deles publicados na revista Relâmpago, de que é um dos directores. Na literatura brasileira dedicou-se por longo tempo a Clarice Lispector, daí tendo resultado uma obra maior na bibliografia sobre a autora, Clarice Lispector. Figura da Escrita (2000), obra com a qual conquistou o Grande Prêmio de Ensaio da APE. Para o Curso Breve de Literatura Brasileira, coleção dirigida por Abel Barros Baptista nos Livros Cotovia, posfaciou os volumes Laços de Família, de Clarice Lispector, e A Educação pela Pedra, de João Cabral de Melo Neto.


CONTO: O crime do professor de matemática
DO LIVRO: LAÇOS DE FAMÍLIA
APRESENTAÇÃO: Carlos Mendes de Sousa
“Mas se fosse o outro, o verdadeiro cão, enterrá-lo-ia na verdade onde ele
próprio gostaria de ser sepultado se estivesse morto: no centro mesmo da
chapada, a encarar de olhos vazios o sol”

OS DOIS ANOS QUE ANTECEDERAM a minha entrada na Universidade, como estudante de um curso de Letras, foram para mim os tempos de leitura mais intensa e mais caótica de que tenho memória. Nesses anos, dirigia-me quase invariavelmente todas as tardes até um antigo edifício do século XVI e subia a uma sala, donde se podiam entrever os claustros manuelinos de um mosteiro, lugar especialmente inspirador para leituras silenciosas. Era aí, junto à igreja de Santa Cruz, em Coimbra, que na época funcionava a Biblioteca Municipal: era aí que eu permanecia tardes inteiras, imerso num mundo de jornais, revistas e livros. Depois ia para casa carregado de empréstimos de ficção e de poesia.



Contudo, não foi nesse tempo de intermináveis leituras desordenadas que me vieram ter às mãos as obras de Clarice Lispector. Mas foi quase logo a seguir. Descobri Clarice quando já freqüentava Faculdade de Letras de Coimbra, ainda que não tivesse estudado a sua obra na disciplina de Literatura Brasileira ou em qualquer outra cadeira. Foi no meu segundo ano da licenciatura, precisamente há trinta anos, que se deu a descoberta, na biblioteca do Instituto de Estudo Brasileiros. Este já era um tempo de leituras dirigidas, e andava eu a fazer pesquisas sobre Banguê, de José Lins do Rego, quando deparei com o nome Lispector nas estantes. Dois anos após a morte Clarice era ainda muito pouco conhecida em Portugal. Atraído pelo nome da escritora e pelo título do livro, requisitei A maçã no escuro. Que obra extraordinária! Tão diferente e difícil e desafiadora. Veio-me, então, de imediato, o desejo de ler tudo o que a autora escrevera.



Não consigo precisar por que ordem fui devorando os livros de Clarice, mas sei que entre os primeiros que li, numa iniciática fase de deslumbramento, se encontrava justamente Laços de Família, um dos mais belos volumes de contos da língua portuguesa.



Nas suas narrativas de longo fôlego é muito marcante a tensão entre a irrupção do fragmentário e os propósitos arquitetônicos de fechamento. Em A maçã no escuro encontramos largos painéis narrativos que delineiam quadros, como se tratasse de micronarrativas independentes. Nos textos breves, em concreto nos contos de Laços de Família, deparamos com um apuradíssimo equilíbrio de construção, mas também aqui, embora menos perceptíveis, ocorrem as mesmas tensões de toda a escrita clariciana, subsumidas na oscilação dialética entre o pendor formalizante, de que a estrutura de cada texto bem dá conta, e o desconcerto do imprevisível. Sob o traço polido da escrita, irrompem em todos os contos deste volume o sobressalto, a crispação, o assombro. A descida às galerias da alma ocorre nas mais vulgares situações do dia a dia. A existência turbulenta e selvagem, os purgatórios da paixão terreal, toda a dor e júbilo de ser e existir são interceptados no mínimo traço, no menor gesto: uma veia ou uma ruga anunciada no rosto intocado, um enterro ritualizado de um cão substituto, no conto que aqui apresento.



Os seres são confrontados consigo mesmo no meio de circunstâncias tão insignificantes, que as conseqüências, por contraste, revelam um lugar espantoso: a boca de um cego (“Amor”), boca escura a abrir e a fechar, avoluma-se e devém imagem obsessiva e perturbante; e esse cão desconhecido de “O crime do professor de matemática” torna-se, no enterro, o símbolo da própria irresolução agigantada – “algo realmente impune e para sempre”. Mansa e obscuramente ronda a ameaça: a todo o momento pode chegar a “crise”. Contudo, o perigo de dissolução a que se vêem expostas as personagens claricianas é, paradoxalmente, a mais funda energia desses seres. E não há apaziguamento possível porque não mais poderá segurar a vida, mesmo no interior das células protetoras do núcleo familiar. A este respeito é bem expressivo o desfecho dado ao professor de matemática: “E como se não bastasse ainda, começou a descer as escarpas em direção ao seio da sua família”.



Quando li este conto pensei logo no romance A maçã no escuro. Naturalmente que o mais imediato ponto de contato entre os dois textos decorre Fo fato de os protagonistas serem homens, um estatístico e um professor de matemática, isto num universo ficcional marcado pela predominância das personagens femininas. Muito mais haveria para dizer sobre aquilo que há de comum entre os textos e que não cabe nesta breve nota. Lembro apenas o significado simbólico do percurso de Martim em A maçã no escuro. A sua caminhada, feita de avanços e recuos, poderá ser perspectivada como ato penitencial pelo “crime” cometido. No final do percurso veremos o anti-herói que nasce das provas, no meio do que falha, do que é incompletude, tropeço. Afinal, não houve crime. Tudo é questionamento nesse processo em que o homem se reconstrói a partir da redescoberta da linguagem. No início de “O crime do professor de matemática”, o trajeto do homem suscita igualmente interpretações simbólicas. Antes de mais, o afastamento em relação à comunidade e a subida até ao ponto mais elevado da colina. Depois, o relevo concedido ao olhar e aos modos de ver, complementados pelo motivo da miopia (recorde-se o gesto repetido de pôr e tirar os óculos). Anuncia-se aqui uma operação que, em tudo, aponta para as conseqüências de uma visão de profundidade. O conto revela um dos eixos nucleares da obra de Clarice – a relação entre o humano e o animal – e confronta-nos com uma das mais violentas percepções subterrâneas deste universo literário: o território da culpa.



Estamos perante um texto que, envolvendo o maior disfarce, a partir da recorrente figura clariciana do professor, talvez seja um dos mais autobiográficos contos de Laços de Família. Mas como sempre acontece na obra da autora, essa dimensão é admiravelmente transcendida. Em 1946, Clarice publicara num jornal brasileiro um conto intitulado “O crime” (Letras e Artes, 25 de agosto). É a própria Clarice que associa o texto a um episódio de ordem biográfica: o abandono de um cão (Dilermando), quando, nesse ano de 1946, se muda de Nápoles para Berna. Disso mesmo deu conta nas cartas que escreveu às irmãs. A tentativa de recuperação da perda manifesta-se obstinadamente pela via literária: “Anos depois entendi que o conto simplesmente não fora escrito. Então escrevi-o. Permanece o entanto a impressão de que continua não escrito”. No final dos anos 1950, reescreve o conto, expandindo-o. A “impressão” a que a autora alude reenvia claramente para a culpa não resolvida, motor que ativará a compulsão em torno da escrita sobre o animal. Nos últimos tempos, outro cachorro entrará na vida de Clarice. Mas Ulisses como que entra pela porta da frente para tornar-se quase só linguagem (veremos essa manifestação em Um sopro de vida). O cão napolitano precisou de um duplo; e se o conto pode ser lido como um réquiem, também podemos lê-lo como uma das mais profundas reflexões sobre a questão da identidade.

Desde esse longínquo dia de 1979 em que casualmente me veio ter às mãos A maçã no escuro, que, de um modo ou de outro, não deixei de ter Clarice na cabeceira. Ao cabo de muitos anos, nunca me cansei de ler Clarice Lispector. E posso dizer que a sua obra continua a solicitar-me mais do que um mero impulso de revisitação. Ela continua a representar o próprio sentido inaugural da leitura. Isto é, leio sempre os seus textos como se os lesse pela primeira vez.

sábado, 3 de julho de 2010

Concurso de Contos - 1º Prêmio Uberaba de Literatura

O site Na Ponta dos Lápis traz sempre novidades sobre concursos literários, e na última terça-feira, 29 de junho, divulgou o Concurso de Contos - 1º Prêmio Uberaba de Literatura. Concurso que pretende dar prêmios de R$ 1.500; R$ 1.000 e R$ 800. As inscrições são gratuítas, o que torna tudo ainda mais acessível.

Agora só falta selecionar um de seus contos, ler o regulamento e se inscrever. Depois disto, é só torcer para ser um dos premiados!

I Prêmio Uberaba de Literatura

Após a decadência da exploração do ouro no Povoado de Desemboque (município de Sacramento - MG), no século XIX, o Major Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira e sua bandeira fixaram-se nas margens do córrego das Lages. O lugar oferecia condições favoráveis ao cultivo agrícola e à criação de gado. Aos poucos, fazendeiros, comerciantes, pequenos agricultores e outros foram atraídos por essas condições. Em 1820, Dom João VI elevou o vilarejo à condição de Freguesia e, desde então, Uberaba não parou de crescer, tornando-se importante centro comercial e cultural, reconhecido internacionalmente. O município, que se localiza na microrregião do Triângulo Mineiro e – num raio de 500 km – está equidistante de importantes capitais do país, atualmente conta com cerca de 399.000 habitantes.

O I Prêmio Uberaba de Literatura é um dos eventos que homenageiam a cidade pelos seus 190 anos de elevação à Freguesia.

1 – O CONCURSO:

1.1 – é promovido pela Fundação Cultural de Uberaba, com apoio do Arquivo Público, e visa a divulgação de novos talentos literários, o incentivo à leitura e à escrita, o estímulo ao escritor novato ou experiente e a manutenção da tradição literária;

1.2 - é aberto a qualquer brasileiro, maior de 21 anos, residente em qualquer estado do Brasil ou fora do país;

1.3 – tema: livre

2 – INSCRIÇÕES:

2.1 - cada participante poderá concorrer com apenas 1 (um) trabalho do gênero conto;

2.2 – o texto inscrito deve ser:

- inédito, isto é, não pode ter sido objeto de qualquer tipo de veiculação ou publicação antes da inscrição e até a divulgação do resultado e entrega dos prêmios;

- escrito em língua portuguesa e entregue devidamente revisado, de acordo com a norma culta;

- digitado em folha A4, corpo 12, fonte Arial, espaço 1,5, e conter até 45 linhas por folha, com – no máximo – 4 folhas, apenas frente;

- identificado apenas com o título e o PSEUDÔNIMO do autor, gravado em CD e impresso em 3 (três) vias;

2.3 – as inscrições para o concurso são gratuitas e só poderão ser feitas via Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, no período 29 de junho a 30 de agosto de 2010, valendo o carimbo da postagem como comprovante da data de inscrição;

2.4 – A Fundação Cultural de Uberaba não fará qualquer espécie de ressarcimento relacionado aos gastos com a postagem;

2.4 – para se inscrever, insira as 3 (três) vias do texto impressas e o mesmo texto gravado no CD em um envelope tamanho grande, identificado – em seu exterior – com o nome do texto e o pseudônimo do autor. Dentro desse envelope grande, junto às cópias e ao CD, um envelope menor, lacrado, em cujo interior deverão constar as seguintes informações: nome completo, endereço residencial completo (rua, bairro, cidade, cep), número de RG, telefone, e-mail, título da obra, pseudônimo e uma pequena biografia do autor. O envelope grande deve ser enviado ao:

ARQUIVO PÚBLICO DE UBERABA – I PRÊMIO UBERABA DE LITERATURA
Rua Onofre da Cunha Rezende, 78
Bairro São Benedito
CEP: 380120 -130

2.5 – o envio de mais de um conto implicará na desclassificação do participante;

2.6 - não serão permitidos retificação de autoria, alterações, acréscimos e revisões no conteúdo da obra depois de efetuada a inscrição;

3 – SELEÇÃO DOS TEXTOS PREMIADOS:

3.1 – os textos inscritos neste concurso serão analisados por uma Comissão Julgadora composta por 3 (três) pessoas de reputação ilibada e notória competência na matéria;

3.2 – as decisões das Comissões são soberanas, não cabendo contra elas quaisquer recursos;

3.3 – poderá a Comissão Julgadora deixar de premiar, nos três respectivos lugares, caso julgue que nenhum dos contos faz jus ao prêmio.

4 – PREMIAÇÃO:

4.1 - serão conferidos os seguintes prêmios:
1º lugar = R$1500,00 e troféu
2º lugar = R$1000,00 e troféu
3º lugar = R$800,00 e troféu

4.2 – do 4º ao 10º lugar, os autores receberão Menção Honrosa;

4.3 – a data e o local da premiação serão informados na mesma data de divulgação do resultado e os premiados deverão comparecer à solenidade. Em caso de impedimento, deverão enviar representante munido de procuração com firma reconhecida;

4.4 – o prêmio será pago em cheque nominal;

5 – RESULTADOS:

5.1 – os resultados serão divulgados a partir de 30 de setembro, no blog www.arquivopublicouberaba.blogspot.com, na página
www.uberaba.mg.gov.br/fundacaocultural e no jornal Porta-Voz;

6 – DISPOSIÇÕES FINAIS:

6.1 – os premiados concordam e permitem a divulgação de seu nome e imagem em quaisquer situações relacionadas a este concurso e autorizam a publicação dos textos inscritos, em qualquer modalidade de mídia, por tempo indeterminado, sem nenhum ônus para a Fundação Cultural de Uberaba;

6.2 – a inscrição do conto para participar do processo de seleção representa a concordância, por parte do autor, com todos os itens deste regulamento, sem nenhuma ressalva;

6.3 – todo o material enviado para ser submetido à seleção será inutilizado, ao final do concurso, e – em hipótese alguma – haverá devolução de trabalhos a seus autores;

6.4 – se duas ou mais pessoas enviarem a mesma obra ou obras que pareçam idênticas ou aquelas cujas autorias suscitem discussão ou controvérsia, ocorrerá a exclusão das referidas obras do processo de julgamento;

6.5 - os textos enviados pelos concorrentes, obrigatoriamente, não poderão ter conteúdo que: (a) possa causar danos a terceiros, seja por meio de difamação, injúria ou calúnia, danos materiais e/ou danos morais; (b) seja obsceno e/ou pornográfico; (c) constitua em ofensa à liberdade de crença e às religiões; (d) contenha dado ou informação racista ou discriminatória; (e) tenha intenção de divulgar produto ou serviço ou qualquer finalidade comercial; (f) faça propaganda eleitoral ou divulgue opinião favorável ou contra partido ou candidato;

6.6 – É vedada a participação de:

(a) membros da Comissão Julgadora do Concurso, bem como seus familiares (pais, filhos, irmãos e esposos/as ou aqueles que residem no mesmo domicílio);

(b) funcionários ou pessoas que prestam serviço à Fundação Cultural de Uberaba, seus parentes ou aqueles que residem no mesmo domicílio.

6.7 – casos omissos, não previstos neste regulamento, serão resolvidos pela Fundação Cultural de Uberaba, por meio de equipe designada pelo Presidente.

MAIS INFORMAÇÕES:

Fundação Cultural de Uberaba/ Arquivo Público de Uberaba

Iara Fernandes ou Cíntia Gomide
(34) 3312 4315 - arquivouberaba@yahoo.com.br

Das 8h30 às 17h30, de segunda a sexta-feira

Postado por Irla