domingo, 26 de setembro de 2010

Convite aceito (?)




Ele disse:

-Amem...

Amém.
Isabella

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pulsação


Sem buscar, ou mesmo desejar, aconteceu.

Os olhos se viram, as mãos se tocaram, os lábios se encontraram, enfim .

Já não bastasse tudo o que convergia para estarem juntos, o corpo pulsava.

Talvez não o corpo todo, mas uma série de funções fisiológicas, psíquicas e imaginativas que se movimentavam, e era quente.

Quando os corpos, por fim, se uniram, uma explosão de sensações fluiu por todas as extremidades dos corpos em chamas. Fervia.

Eles já não eram mais os mesmos.

O corpo possuía uma temperatura mais elevada, a pele exalava um outro odor, o coração pulsava descompassadamente.

A partir daquele instante, estavam eles em uma outra frequência - talvez em outro tempo, em um outro espaço.

Irla

domingo, 19 de setembro de 2010

Segredo



Esta saudade aqui

cabe toda em um verso

mas, ai de mim,

ela não cabe no universo.


Isabella

domingo, 12 de setembro de 2010

Flor



Seu interior

muito mais que água

muito mais que terra

é céu interior


Isabella
Com todo carinho, para minha querida amiga Frô

terça-feira, 7 de setembro de 2010


Ela diz:

"(...) só aquele que permanece inteiramente ele próprio pode, com o tempo, permanecer objeto do amor, porque só ele é capaz de simbolizar para o outro a vida, ser sentido como tal. Assim, nada há de mais inepto em amor do que se adaptar um ao outro, de se polir um contra o outro, e todo esse sistema interminável de concessões mútuas... e, quanto mais os seres chegam ao extremo do refinamento, tanto mais é funesto de se enxertar um sobre o outro, em nome do amor, de se transformar um em parasita do outro, quando cada um deles deve se enraizar robustamente em um solo particular, a fim de se tornar todo um mundo para o outro."


e a ela, Rilke transborda:

"Tapa-me os olhos: ainda posso ver-te
Tapa-me os ouvidos: ainda posso ouvir-te
E mesmo sem pés posso ir para tí
E mesmo sem boca posso invocar-te.
Arranca-me os braços: ainda posso apertar-te
Com meu coração como com a minha mão
Arranca-me o coração: e meu cérebro palpitará
e mesmo se me puseres fogo ao cérebro
Ainda ei de levar-te em meu sangue."

...

Louise Von Salomé, ou simplesmente Lou Salomé.
Entrou nas veias quentes de Rilke, Nietzsche, Freud e Paul Rée,
fazendo-os pulsar, levando-os ao céu e ao inferno interior de cada um.


(fonte: http://eternamentelou.blogspot.com)


frô
(ps.: aproveito a oportunidade para convidá-los a reconhecer meu cantinho, que após mta paciência da libélula, a flor conseguiu dar um novo ar: www.libelulahelicoptero.blogspot.com)