segunda-feira, 31 de maio de 2010

Seja pago para ser você mesmo

Li um texto que me inspirou muito, no sentido profissional, pela sua simplicidade e verdade. Fazer o que se gosta, com prazer, estimula em nós a vontade de sermos bons, se não os melhores, onde atuamos.


Seja pago para ser você mesmo
Frequentemente penso que alguns de meus melhores amigos deveriam receber um salário apenas para serem quem eles são.

Nenhum trabalho a fazer. Apenas ser. Tenho certeza de que isso faria o mundo melhor, embora eu já possa ver a cabeça de alguns leitores mais céticos balançando negativamente.

Parece absurdo na atual conjuntura, mas gostaria que você vasculhasse o seu grupo de amigos (enquanto balança a cabeça, talvez). Certamente, a despeito de sua dúvida, encontrará vários que mereceriam uma paga para desempenhar aquilo que desempenham com a maior desenvoltura: ser eles mesmos.

Note ainda que ninguém vai achar absurdo que as pessoas sejam pagas para serem algo diferente daquilo que elas de fato são. Pois basta uma rápida olhada para percebermos que é isso o que normalmente acontece. E isso está tão incrustrado na mentalidade contemporânea que não poucos pensarão que é um absurdo pagar alguém para que ela faça o que tem prazer em fazer.

Pensei mais ou menos sobre isso durante esta semana. Mas esta nova palestra de sir Ken Robinson motivou-me a escrever este artigo (desculpe, mas ainda não há legendas em português).

Ele fala sobre como as escolas poderiam privilegiar os reais talentos de cada criança individualmente, porém logo no início ele divide as pessoas em dois grupos:

◦aquelas que não gostam daquilo que fazem e esperam pelo fim de semana
◦aquelas que amam o que fazem e não conseguem se imaginar fazendo outra coisa: porque o que elas fazem é o que elas são
Essa segunda categoria, como observa-se, é uma minoria.

E penso que desde o início somos educados para nos encaixarmos e aceitarmos fazer parte da primeira categoria (leia meu texto Fique Calmo: algo sobre tudo o que você já aprendeu na escola).

Ao mesmo tempo, percebo que, quanto mais uma pessoa segue seus impulsos, desejos e talentos naturais, mais aquilo que chamamos de trabalho deixa de ser uma pedra no caminho (aquele negócio que dura cinco dias e que fica entre os fins de semana, quando finalmente podemos ser nós mesmos) e passa a se assemelhar a um rio, em seu fluxo contínuo e que não exige esforço.

Gostaria que você lesse o post O Trabalho não precisa ser um Castigo. Nele cito um texto de Mario Sérgio Cortella e vou citar um trechinho ainda menor dele aqui, mas que aborda o ponto em que quero chegar:

A idéia de tripalium aparecerá dentro do latim vulgar como sendo, de fato, forma de castigo. Mas a gente tem de substituir isso pela idéia de obra, que os gregos chamavam de poiesis, que significa minha obra, aquilo que faço, que construo, em que me vejo. A minha criação, na qual crio a mim mesmo na medida em que crio no mundo.

Quanto mais você fizer aquilo com que se identifica intimamente, mais estará próximo de ser pago, de receber num sentido muito maior que simplesmente o econômico, para ser você mesmo.

Note o termo poiesis. Quem faz o que gosta, realmente, está mais próximo de viver a sua vida como um artista, um poeta. E merece ser bem remunerado por isso. Pois são pessoas raras, por enquanto, e o exemplo que dão deve ser valorizado.

Nesse caso, vale a máxima habitualmente aplicada à profissão mais antiga do mundo: com prazer é mais caro.

Fonte: Livros e Afins
Postado por Irla

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O Repassador

Adoro os textos da Cris Guerra, princialmente os que ela publica na Coluna Provador, da revista Ragga.
O título desse mês foi O Repassador. E aproveito para confessar que já fui uma pessoa assim.



Postado por Irla

sábado, 15 de maio de 2010

Travessia (ou Lembrança do sol ou Excesso de sol ou Esperança na Lua)



É hoje urgente que se fale de alma
E de janelas...
É preciso algo, além da própria vida,
Apto a ser fatal.
É, por vezes, urgente a morte
E, como pano de fundo,
Um simples pôr do sol...
E é também necessário o ocaso
E o acaso
E o encontro de olhos que não se viram mais...
É, portanto, imperioso o sono
E a insônia
E que a mente proteja o corpo do brilho excessivo do sol
É, sobretudo, vital que, a despeito e a respeito de tudo,
Se ponha o sol
E que, logo após,
(se nada se desencaminha)
Venha, enfim, a lua...

Isabella

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Poema e/ou Poesia

Muitos desconhecem a diferença entre Poema e/ou Poesia. Como esta dúvida mostrou-se presente entre as integrantes do Clube, resolvemos abordar, ainda que suscintamente, a temática.

O Site de Literatura faz uma breve definição dos termos. Inicia a abordagem da seguinte forma:

É bom ressaltar a diferença entre poema e poesia. Apesar de serem tratadas por muitos como sinônimos, o uso dos dois termos entre os estudiosos apresenta diferenças:

Poesia: Caráter do que emociona, toca a sensibilidade. Sugerir emoções por meio de uma linguagem.1

Poema: obra em verso em que há poesia

"Se o poema é um objeto empírico e se a poesia é uma substância imaterial, é que o primeiro tem uma existência concreta e a segunda não. Ou seja: o poema, depois de criado, existe per si, em si mesmo, ao alcance de qualquer leitor, mas a poesia só existe em outro ser: primariamente, naqueles onde ela se encrava e se manifesta de modo originário, oferecendo-se à percepção objetiva de qualquer indivíduo; secundariamente, no espírito do indivíduo que a capta desses seres e tenta (ou não) objetivá-la num poema; terciariamente, no próprio poema resultante desse trabalho objetivador do indivíduo-poeta." 2

O poema destaca-se imediatamente pelo modo como se dispõe na página. Cada verso tem um ritmo específico e ocupa uma linha. O conjunto de versos forma uma estrofe e a rima pode surgir no interior dessa estrofe. A organização do poema em versos pode ser considerada o traço distintivo mais claro entre o poema e a prosa (que é escrita em linhas contínuas, ininterruptas).

1 - Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa. RJ: Nova Fronteira, 1993.
2 - LYRA, Pedro. Conceito de Poesia. São Paulo: Ática, 1986.

Dando continuidade ao assunto, a título de ilustração, o livro "Quintana de bolso", da Editora LP&M Pocket - Porto Alegre (RS), 2006, pág. 59, seleção de Sergio Faraco, traz uma exemplificada do que seria Poesia.

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
Por Mario Quintana


Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!

Postado por Irla

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cresço

De ti não sei a casca. Percebo que mascas
suas aspas enquanto mesclas a potência de
cada lasca da existência. Confio nos
fragmentos.

E

donde tu escureces
eu cresço
Rutilos de mais um recomeço.



Shala Andirá

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*Poema de uma companheira blogueira.
Shala, obrigada por dividir!

ps.: como a autora não colocou nenhuma imagem,
preferi manter assim, só na imaginação.

Postado por frô



sábado, 8 de maio de 2010

Homenagem às Mães

As vésperas do Dia das Mães, uma mensagem de mãe para o filho.


A paz no colo.

Ela não se mexe: o filho dorme com a cabeça apoiada em sua barriga. Aquele, que há poucos anos estava lá dentro. Continua sendo parte dela. No aparelho de som, a sequência de músicas conta a sua própria história. Rápidas e ainda intensas, as cenas passam ao som de uma trilha que vai acendendo imagens e rastros diferentes. Ela se permite sentir, com a paz e a tristeza que fazem parte de ser. A alegria de amar de novo, a serenidade de se sentir companheira, amada e ponto. Pensa no amor que passou, no sentido daquele encontro. Lembra do amor que se foi da vida, deixando o filho que ainda é amor. E se convence de que alguns (des)encontros são parte da construção. Desapegar-se para seguir em frente. Trazemos tudo conosco, ela pensa, tudo aqui dentro a fazer parte. Assim como deixamos para o outro. E o que deixamos, não nos cabe. Ela pensa e chora, pensa e sorri, sempre quase imóvel, porque ali o filho dorme em paz. Ali dorme a sua paz. Haviam tido um embate minutos antes, um desses impasses cotidianos entre uma mãe e seu filho pequeno. Agora está tudo calmo. Passou. Como tantas coisas, como o tempo, nunca em vão. Ficam as lembranças, algumas ainda dóem, outras trazem sorrisos. Tudo dentro, respirando em nós e ao redor de nós. Vivo e em movimento. Vivo e em sono tranquilo, como o filho sobre a barriga.

Cris Guerra

Postado por Irla

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mais do mesmo

Fruto da última reunião, e de eu ter assitido novamente ao filme "Amor além da vida".




Condução

Um assassinato
Um suicídio
Um renascimento
Diário.
Eu vou caminhando até mim...
A paisagem que construo me leva,
O caminho que sigo vai transformando a paisagem.
Venho caminhando até mim...
Enquanto isso
Vou plantar uma árvore roxa para encontrar
Quando eu, enfim, chegar.

Isabella

quarta-feira, 5 de maio de 2010

CLARICEando


Domingo, aos 02 de maio, 19 horas e 30 minutos, nos reunimos na casa de uma de nossas integrantes, como o de costume.

Nesta última reunião chegamos a uma conclusão:

- Clarice é Filosofia.

É conseguir começar a história com uma vírgula (,) e terminar com dois pontos (:) e fazer todo o sentido.

É cogitar concluir com um PONTO final, e assim mesmo não ter um fim.

É incluir reticências dizendo sem palavras o que a liberdade da reflexão preferiu compreender.

É fazer uso de travessão e não dizer com a voz e sim com o suspiro e sussurro da meditação.

É começar uma única estória de várias maneiras, cada uma dizer coisas absolutamente diferentes e, ainda assim, o todo e as partes significarem muito.

É fundir seres, sentimentos e natureza, num elo que de tão harmônico, em cada canto do mundo vira filosofia, poesia, vida.

É servir de inspiração para amores impossíveis, sonhos intangíveis e vidas em mutação.

É dizer de emoções “clandestinas”, daquelas que não contamos a ninguém, nem a nossa própria consciência.

É expressar paixões, dores e angústia com exatidão e tão detalhadamente, que parece ter entrado em nossos corações e mentes arrancando pedaços de nós.

É falar da vida, de viver a vida, e do que representa a vida dentro de nós.

É desnudar nossos vícios, defeitos e crueldades com uma sutileza rasgada de quem diz sem dizer, o que não queremos ouvir.

É te apresentar ao espelho de sua alma, fazendo enxergar a verdadeira essência de sua personalidade.

É observar além das aparências, a nós mesmos, o outro e o mundo que nos cerca, e conseguir sentir o que cada um emana.

É te separar de você e depois reencontrar, como se pudesse dissociar corpo, mente e coração, e num abraço coletivo perdoar a tríade que sustenta tua existência.

É identificar os entraves de nossas identidades e tentar corrigi-los com a maturidade de quem diz: Viver dói!

É uma epifania ao descobrir quem verdadeiramente somos em nossa íntima relação com o Deus que vive em nossas consciências.

É gerar, dar luz, abortar, amamentar, ou não viver nada disso e ser mãe, mulher, ou nenhuma delas.

É construir e destruir, todo dia, os parasitas de nossa pessoalidade e apreender a SER humana.

Entre tantas reflexões, filosofamos, ou melhor, CLARICEAMOS, durante 1 ano e 3 meses, em torno dos 25 contos de Felicidade Clandestina.

Onde quer que esteja, seu espírito eterno, Clarice, obrigada por nos fazer entender a natureza da mulher que cada uma de nós É.

Irla

Correspondências de Clarice

Carta escrita por Fernanda Montenegro a Clarice Lispector em anos de chumbo:

"Clarice

é sempre com emoção que lhe escrevo pois tudo o que você propõe tem sempre essa explosão dolorosa. É uma angústia terrivelmente feminina, dolorosa, abafada, desesperada e guardada.

Ao ler meu nome escrito por você, recebi um choque não por vaidade mas por comunhão. Ando muito deprimida, o que não é comum. Atualmente em São Paulo se representa de arma no bolso. Polícia na porta dos teatros. Telefonemas ameaçam o terror para cada um de nós em nossas casas de gente de teatro. É o nosso mundo.

E o nosso mundo, Clarice?

Não este, pelas circunstâncias obrigatoriamente político, polêmico, contundente. Mas aquele mundo que nos fala Tchecov: onde repousaremos, onde nos descontrairemos? Ai, Clarice, a nossa geração não a verá. Quando eu tinha quinze anos pensava alucinadamente que minha geração desfaria o nó. Nossa geração falhou, numa melancolia de 'canção sem palavra', tão comum no século XIX. O amor no século XXI é a justiça social. E Cristo que nos entenda.

Estamos aprendendo a lição seguinte: amor é ter. Na miséria não está a salvação.

Quem não tem, não dá. Quem tem fome não tem dignidade (Brecht). Clarice, estou pedindo desculpas por esse palavratório todo. Mas deixe que eu mantenha com você esta sintonia dolorosa dos que percebem alguns mundos, não apenas este ou aquele, porém até mesmo aquele outro, embora não linearmente - como é o caso.

Nossa geração sofre da frustração do repouso. É isso, Clarice? A luta que fizermos, não faremos por nós. E temos uma pena enorme de nós por isso. É assim que explico pra mim frases que você põe no seu artigo: 'Eu que dei pra mentir. E com isso estou dizendo uma verdade. Mas mentir já não era sem tempo. Engano a quem devo enganar, e, como sei que estou enganando, digo por dentro verdades duras.' A luta, a que me refiro lá no alto, seria aquela luta bíblica, a grande luta, a que engloba tudo.

Voltando às 'verdades duras' de que você fala: na minha profissão o enganar é a minha verdade. É isso mesmo, Clarice, como profissão. Mas na minha intimidade toda particular, sinto, sem enganos, que nossa geração está começando a comungar com a barata. Nós sabemos o que significa esta comunhão, Clarice. Juro que não vou afastá-la de mim, a barata. Eu o farei. Preciso já organicamente fazê-lo. Dê-me a calma e a luz de um momento de repouso interior, só um momento.

Com intensa comoção.

Fernanda"

Nobres mulheres!

Postado por Isabella

terça-feira, 4 de maio de 2010

Alétheia - Antologia de Contos


Concursos Literários

O blog Na Ponta do Lápis está organizando concurso literário em parceria com a Editora Multifoco com a temática Ficção Especulativa, o que está intimamente relacionado com o nome da coletânea: Alétheia - Ficção Especulativa.

O por que do nome? Isso o idealizador justifica “Alétheia é a palavra do grego que indica verdade. Mas a verdade da filosofia, com todas as complexidades que isso traz. Acho um nome interessante, porque esta é a busca que este livro de contos procurará realizar. Não, claro, necessariamente uma busca pela verdade de fato, mas pela reflexão; a idéia é provocar o leitor através de histórias que não precisem ficar presas ao mundo real e convencional”.

Sobre o tema, as produções devem ter uma conotação investigação, de alguma maneira, das características humanas, filosóficas ou de nossa sociedade por intermédio de suas histórias fantásticas. As histórias alternativas (aquelas que em geral surgem da expressão "E se tal coisa acontecesse", partindo para algo fantástico ou fora da realidade) provavelmente são as que se encaixarão melhor no tema, mas outros tipos de contos fantásticos também serão bem-vindos.

Referências para pesquisa e contextualização:

1. O Homem Mal-Educado, de Gonçalo Tavares,
2. Obras de José Saramago (exemplo: Ensaio sobre a cegueira)
3. Obras de Ítalo Calvino
4. Obras Jorge Luis Borges
5. Metamorfose, de Kafka
6. No blog o conto O Segredo de Vinícius

Para participar acesse o regulamento e faça sua inscrição.

Mais informações clique aqui.

Postado por Irla

Um pouco de poesia



um pouco de nada
quando o nada pode ser
tudo

e o meu tudo
que é nada
passa a ser
complementar

mas
um pouco de tudo
quando tudo
é
nada
e
sendo tudo
não guarda
a menor
importância

então
um pouco de nada
é nada

um pouco de tudo
é nada

também...

Poesia de José Gomes Sobrinho - poeta nordestino do Tocantins

Postado por Isabella

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Teatro para todos

Acesso é fator determinante na nossa educação, cultura e cidadania. Muitas pessoas assumem o primeiro estágio na busca pela arte e entretenimento, ou seja, a vontade. Mas o simples interesse não é suficiente, tendo em vista que, não são ofertados espaços ou atividades com esse enfoque, ou quando se apresentam o custo vai além das possibilidades da maioria da população.

Um fato curioso, apresentado no site da campanha é que 95% de toda população brasileira nunca estive em um teatro. E dentre os municípios brasileiros apenas 16% têm salas de espetáculos, levando-se em conta salas com apenas 50 assentos e sem o mínimo de estrutura.

Atentos a uma realidade, de exclusão social no alcance a criações artísticas, surge a Campanha Mais Teatro Brasil.


O intuito é colher o maior número possível de assinaturas para dar entrada, junto ao Congresso Nacional, num Projeto de Lei de Iniciativa Popular, instituindo a obrigatoriedade da construção de um Centro Integrado de Cultura em cada município cuja população seja superior a 25 mil habitantes.

O manifesto da campanha traz algumas especificidades como: a viabilidade econômico-financeira; tamanho dos centros e capacidade salas de espetáculos; conceitos arquitetônicos dentre outros. O que seria e como funcionária o espaço também foi detalhado na seguinte definição:

O que é um Centro Integrado de Cultura?

É um espaço multicultural e funcional que, além de um teatro de qualidade – que é o núcleo fundamental do Projeto –, privilegia também as mais diversas formas de manifestações artístico-culturais, como: salas de cinema, biblioteca, salas de exposições, salas para eventos e palestras, espaços para cursos e oficinas de teatro, artesanato, artes plásticas, pintura, música, dança, entre outras formas de expressões artísticas.

Esses Centros contarão também com um espaço multimídia – telecentro com computadores conectados à internet, para fomentar a inclusão digital nesses municípios e, ainda, espaços destinados ao comércio, com lojas, praça de alimentação e outros espaços comerciais.

Participe dessa causa!
Assine e contribua com a difusão da cultura no Brasil.

Postado por Irla

sábado, 1 de maio de 2010

Pétalas da Frô

Para quem não sabe, existe uma Frô no nosso jardim. Sim, uma das integrantes do nosso clube de leitura, a Gabriella, Gabi para os mais íntimos, é poetisa e blogueira.
Assina seus poemas como Frô, e vem perfumando nossas semanas com suas palavras.

Para deliciarmo-nos com o doce aroma de seus escritos escolhemos, esta semana, a poesia postada em seu blog na quinta-feira, 22 de abril.



Sinto um frio dizimando meu peito.
A libertação é próxima, pois que o espírito se transforma.

Suportar é fundamental.
Suportando aprende-se a resignação,
o calvário do silencio,
o prestimoso ócio daqueles cuja aparência
obstina.

Entao, o camelo se torna leão.

E a força surge com autonomia
e com coragem,
e com potência.

Mas ele sozinho ruge.
O tempo urge.
O vento baila.

Desconhecer é fundamental.

Esqueçam-se!
Vivam, tais como crianças maduras,
daquelas que de tao vivas,
dói.

(frô)

Gostou? Quer conhecer o jardim da Frô?
Acessem o blog dela Libelula Helicoptero

Postado por Irla