Muitos desconhecem a diferença entre Poema e/ou Poesia. Como esta dúvida mostrou-se presente entre as integrantes do Clube, resolvemos abordar, ainda que suscintamente, a temática.
O Site de Literatura faz uma breve definição dos termos. Inicia a abordagem da seguinte forma:
É bom ressaltar a diferença entre poema e poesia. Apesar de serem tratadas por muitos como sinônimos, o uso dos dois termos entre os estudiosos apresenta diferenças:
Poesia: Caráter do que emociona, toca a sensibilidade. Sugerir emoções por meio de uma linguagem.1
Poema: obra em verso em que há poesia
"Se o poema é um objeto empírico e se a poesia é uma substância imaterial, é que o primeiro tem uma existência concreta e a segunda não. Ou seja: o poema, depois de criado, existe per si, em si mesmo, ao alcance de qualquer leitor, mas a poesia só existe em outro ser: primariamente, naqueles onde ela se encrava e se manifesta de modo originário, oferecendo-se à percepção objetiva de qualquer indivíduo; secundariamente, no espírito do indivíduo que a capta desses seres e tenta (ou não) objetivá-la num poema; terciariamente, no próprio poema resultante desse trabalho objetivador do indivíduo-poeta." 2
O poema destaca-se imediatamente pelo modo como se dispõe na página. Cada verso tem um ritmo específico e ocupa uma linha. O conjunto de versos forma uma estrofe e a rima pode surgir no interior dessa estrofe. A organização do poema em versos pode ser considerada o traço distintivo mais claro entre o poema e a prosa (que é escrita em linhas contínuas, ininterruptas).
1 - Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa. RJ: Nova Fronteira, 1993.
2 - LYRA, Pedro. Conceito de Poesia. São Paulo: Ática, 1986.
Dando continuidade ao assunto, a título de ilustração, o livro "Quintana de bolso", da Editora LP&M Pocket - Porto Alegre (RS), 2006, pág. 59, seleção de Sergio Faraco, traz uma exemplificada do que seria Poesia.
Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
Por Mario Quintana
Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!
Postado por Irla
Poesia linda do poeta passarinho, que nunca passou...
ResponderExcluiroi, esse poema foi feito pelo proprio Mario Q.
ResponderExcluirsabe a data q foi feito?
é que tenho um trabalho para fazer, e ñ sei se é obra dele msm .. ou fizeram para ela